O momento é extremamente propício para a geração de energia no Brasil. Segundo a EPE (Empresa de Pesquisa Energética), foi registrado, em janeiro, o segundo maior consumo mensal de energia desde o início da série histórica, em 2004. O país vem, desde outubro de 2023, registrando recordes de uso de eletricidade.
Os números chegaram a 46.715 GWh, o que representa um crescimento de 9,1% em comparação com o mesmo período do ano passado. O desempenho acima do normal, de acordo com os especialistas, é explicado principalmente pelo momento climático: nos últimos meses, as temperaturas em todo o país estão extremamente elevadas. Por conta disso, cada vez mais consumidores passaram a utilizar com frequência equipamentos de refrigeração, como o ar-condicionado.
O número de consumidores residenciais, inclusive, teve o maior aumento já registrado, chegando a 15.396 GWh em janeiro – uma expansão de 15,7%.
“Desde outubro de 2023, o país registra consumos recordes de eletricidade. Impulsionados pelas altas temperaturas, os consumos das classes residencial e comercial registraram taxas de expansão de dois dígitos pelo quarto mês consecutivo. A indústria também consumiu mais”, destacou a EPE.
O bom momento econômico também é um importante indicador desse aumento, de acordo com a EPE: “A alta no número de consumidores residenciais – muito em função das ações de combate às perdas e o bom desempenho de indicadores econômicos do Brasil, como a queda na taxa de desemprego e o aumento da renda também favoreceram o crescimento do consumo da classe”.
O aumento foi observado, também, no mercado livre de energia (MLE) – que explicamos recentemente aqui, na nossa newsletter. Com um crescimento de 8,7% no consumo comparado ao mês de janeiro do ano passado, o MLE atingiu o importante número de 39,6% do consumo nacional total de energia elétrica, se firmando cada vez mais como uma alternativa importante ao mercado de energia convencional. No comparativo anual, o número de consumidores do MLE obteve um aumento de 22,4%.
De acordo com a EPE, “além da migração de consumidores do mercado regulado, também contribuíram para o resultado no mercado livre a expansão no consumo da indústria, em especial dos mais eletrointensivos, e na parcela livre da classe comercial”.
Os números são importantes, principalmente, para o mercado de Energia Solar. Em sua grande maioria, a energia produzida para suprir o MLE é proveniente de fontes renováveis, como usinas solares ou eólicas, que são repassados ao consumidor final com valores acordados previamente, sem a necessidade de pagamento de taxas para as concessionárias ou a utilização de bandeiras tarifárias.
Quem busca autonomia energética e economia na conta deve, sempre, buscar as oportunidades sustentáveis. Com um sistema gerador de energia solar instalado na sua casa, por exemplo, consumos “extras” – como o ar-condicionado em dias de calor – costumam apresentar custos muito inferiores se comparados com a utilização da energia convencional.
Além disso, com a alta do consumo causando picos cada vez mais frequentes de energia, sistemas solares com baterias de armazenamento são opções perfeitas para manter a sua energia funcionando normalmente, sempre.
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