A energia solar, proveniente da luz do sol, é um recurso natural abundantemente disponível, assim como a energia eólica, hídrica, maremotriz, entre outras. Sua utilização não compromete o meio ambiente, tornando-a uma das fontes de energia renovável mais sustentáveis.

 

Ao contrário dos combustíveis fósseis, que são não-renováveis e poluentes, a energia solar é limpa, não emitindo poluentes na atmosfera.

 

O aproveitamento de fontes de energia renovável, como a solar, tem o potencial de reduzir drasticamente as emissões de gases do efeito estufa. Além disso, contribui para a preservação dos recursos naturais e proporciona economia significativa nas contas de energia, tanto para indivíduos quanto para empresas e o setor industrial.

 

Além das instalações fotovoltaicas tradicionais, os famosos “telhados azuis” que estão presentes em cada vez mais casas e empresas, existe um sistema capaz de produzir energia para uma enorme quantidade de unidades consumidoras se aproveitando de espaços livres, sem possibilidade de utilização para a agricultura ou construção de moradias, por exemplo.

 

É o caso da Bhadla Solar Park, a maior usina solar do planeta. Construída na região de Bhadla, no estado indiano do Rajastão, o local possui alta incidência solar, com uma média de temperatura local oscilando entre 46°C e 48°C, clima seco, árido – que tornam a vida no local completamente inviável, mas é ideal para a geração de energia dos painéis solares.

 

O projeto, iniciado em 2015, passou por quatro fases de construção, sendo a última concluída em 2020. Ele é conduzido por uma joint venture estabelecida através de uma parceria entre o governo do Rajastão e o Ministério de Energia Nova e Renovável (MNRE) da Índia. Equipado com mais de 10 milhões de painéis solares fotovoltaicos, o Bhadla Solar Park tem capacidade para fornecer energia suficiente para abastecer mais de uma cidade inteira – em uma das regiões mais populosas do planeta.

 

Além de auxiliar a Índia em alcançar suas metas de produção de energia limpa e diminuir sua dependência de combustíveis fósseis (o país possui como objetivo ter 17% de toda a sua matriz energética baseada na energia solar), a maior usina solar do mundo também desempenha um papel crucial na redução das emissões de gases de efeito estufa. Estima-se que ela evite a liberação de cerca de 4 milhões de toneladas de CO2 na atmosfera anualmente. Ocupando cerca de 5.700 hectares (57 km²) e contando com uma capacidade total de 2.245 MW, a usina é tão grande que, desde os seus estágios iniciais de construção, já podia ser observada por imagens de satélite!

 

Mas nem tudo são flores. Por estar situada em um deserto, as tempestades de areia – que revestem os painéis solares com camadas de minerais e areia que dificultam a produção de energia – são frequentes e foram um verdadeiro desafio para os engenheiros, que buscavam maximizar a produção de energia no local. A solução encontrada pelos profissionais é praticamente retirada de um episódio de “Os Jetsons”: milhares de robôs de limpeza são liberados nos módulos, uma tática projetada para reduzir as necessidades de trabalho manual e a quantidade de água necessária para a limpeza.

 

E você, caro leitor, já conhecia a maior usina solar do planeta?

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