Hoje, dia 3 de outubro, é comemorado o Dia do Petróleo Brasileiro. Muito mais que celebrar a existência e importância desse insumo que está em praticamente tudo que consumimos – como parafina, asfalto, tintas de parede, lubrificantes, nylon, plástico e até chiclete – mas uma história de pioneirismo e inovação que busca alinhar o desenvolvimento social com a demanda mais urgente do século XXI: a proteção ambiental.
O dia 3 de outubro ao longo das décadas
O dia da comemoração não foi escolhido por acaso. Pensar em petróleo no Brasil é, inevitavelmente, pensar em nossa maior estatal: a Petrobras. Nesse dia, no ano de 1953, o então presidente Getúlio Vargas sancionava a Lei nº 2004, que criava a Petróleo do Brasil SA (Petrobras. Durante décadas, a empresa deteve o monopólio sobre o setor, até que a Lei do Petróleo de 1997 abriu o mercado para a participação de empresas privadas e internacionais.
Por muitas décadas, o Brasil manteve produções razoáveis de óleo e gás. No ano de 1968, a empresa passou a desenvolver um projeto de extração, iniciando a exploração de petróleo em águas profundas. Após as primeiras descobertas, outras prospecções ampliaram significativamente a produção petrolífera brasileira.
Em 1974, ocorreu a descoberta de poços na Bacia de Campos, a maior reserva de petróleo do país. Aqui, o país já iniciava o seu desenvolvimento na exploração em águas cada vez mais profundas.
Em 2003, a descoberta de novas bacias marcou o início de uma nova fase na indústria petrolífera brasileira. A produção de petróleo passou a atender mais de 90% da demanda interna de energia e derivados. Já em 2006, esse volume atingiu níveis ainda maiores, superando, pela primeira vez, a demanda total do país. Com a autossuficiência conquistada, a economia foi impulsionada, gerando mais oportunidades de emprego.
O pré-sal e o desenvolvimento tecnológico pela sustentabilidade
Mas, quando falamos de pioneirismo brasileiro no setor de petróleo e gás, é impossível ignorar o grande marco de 2007: a descoberta das reservas de pré-sal. Essas reservas não só colocaram o país no topo dos maiores produtores globais, mas também lançaram um novo desafio para a indústria nacional. Como extrair petróleo em profundidades tão extremas, em condições tão adversas, sem causar um impacto ambiental desastroso? A resposta veio através de inovação tecnológica.
As empresas do setor, lideradas pela Petrobras, investiram em tecnologias que não só viabilizam a exploração em águas ultraprofundas, como também reduzem o impacto ambiental de cada operação.
Segundo um estudo publicado em 2012, ao mesmo tempo em que as emissões totais tiveram um aumento de cerca de 115% – incremento anual de 8,2 milhões de tCO2e entre 1998 e 2008 – observou-se uma queda na relação de emissões de GEE (Gases de Efeito Estufa, os maiores vilões do aquecimento global) por tonelada equivalente de petróleo produzida de 32%. A relação é simples: com mais produção, mais emissões foram realizadas. A grande diferença é que, agora, essas emissões são muito menos poluentes.
Mas não parou por aí. Entre as iniciativas mais destacadas está o uso de tecnologias de Captura, Utilização e Armazenamento de Carbono (CCUS). Essa tecnologia permite que o carbono gerado na extração de petróleo seja capturado e reinjetado nos próprios reservatórios, reduzindo significativamente as emissões.
Esse processo, além de ser ambientalmente benéfico, também aumenta a eficiência dos poços de petróleo. No pré-sal, essa técnica se mostra particularmente eficaz, com a emissão de CO2 por barril de petróleo sendo quase metade da média mundial.
Além disso, a Petrobras se tornou uma das principais empresas a investir no mercado voluntário de créditos de carbono, adquirindo créditos do projeto REDD+ Envira Amazônia para compensar as emissões de suas operações. Esse projeto contribui para a preservação de grandes áreas da Amazônia, reforçando o compromisso da empresa com a compensação de emissões e a preservação ambiental.
Recentemente, o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) estabeleceu diretrizes para a descarbonização da exploração e produção de petróleo e gás. Entre as medidas está a minimização da queima de gás natural e o incentivo ao desenvolvimento de novas tecnologias, além de uma meta ambiciosa de “queima zero” de rotina nas operações de extração.
A energia solar também tem sido uma arma importante contra a poluição da indústria. Em alguns projetos de exploração, a energia solar é utilizada em plataformas de extração e unidades de apoio, especialmente em áreas remotas, onde essa fonte se torna uma alternativa sustentável à queima de combustíveis fósseis.
Além disso, a energia solar está sendo usada para alimentar parte dos sistemas de operação das refinarias, o que ajuda a diminuir o consumo de energia tradicional e as emissões associadas. Recentemente, a Transpetro inaugurou a primeira usina solar a suprir integralmente uma planta industrial do Sistema Petrobras, evitando a emissão de mais de 240 toneladas por ano de GEE por ano.
Para a Shop Solar, estar na cidade considerada a Capital da Energia no Brasil é muito mais que uma honra: é um compromisso. Saudamos, é claro, um passado de muitas glórias – mas, agora, a situação exige mudanças.
Por isso, estamos focados em fazer parte desse novo momento: queremos levar sustentabilidade, autossuficiência e eficiência energética para o setor de petróleo e gás.
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