Módulos bifaciais se tornaram modelos em grandes projetos fotovoltaicos no país, conforme pesquisa da Greener

De acordo com estudo da Greener, aproximadamente 4,1 GW de empreendimentos solares de geração centralizada entrarão em atividade no Brasil até 2022. Os números fazem parte da recente pesquisa estratégica relacionada às grandes usinas da empresa.

O mapeamento diz que as estimativas da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) indicam que, até 2025, haverá um total de quase 15 GW em geração centralizada, um valor significamente maior do que aquele obtido no Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE) 2029 da Empresa de Pesquisa Energética (EPE).

A maior porção engloba projetos voltados para o ambiente de contratação livre (ACL). Somente 1,5 GW são atribuídos ao ambiente de contratação regulada (ACR). Desse total, mais de 13 GW ainda não tiveram sua construção iniciada.

O levantamento também estruturou 13,3 GW de outorgas para projetos solares no mercado livre até janeiro. Desse valor, mais de 8,4 GW têm acordos de PPAs fechados. Aproximadamente 1,2 GW do total de 4,6 GW de empreendimentos do mercado regulado ainda estão em etapa de planejamento ou construção.

A Greener pontua que os módulos bifaciais se tornaram exemplos em grandes projetos brasileiros. Todos os contratos levantados em 2020, seja no ambiente de contratação livre (ACL) seja no ambiente de contratação regulada (ACR), irão usar módulos bifaciais.

“Os módulos bifaciais se tornam padrão, presentes na totalidade dos novos empreendimentos solares. O montante contratado deste tipo de módulo ao longo dos últimos anos já supera o volume de módulos monofaciais. Dos contratos fechados em 2020 mapeados pela Greener, todos são bifaciais”, destaca a pesquisa.

Além disso, a companhia relata que a maior parte dos módulos fotovoltaicos usados nos projetos são importados, caracterizando quase 90% do montante acumulado. Em relação ao fornecimento de módulos contratados entre 2020 e 2021, 97% possuem origem internacional.

Sobre os inversores, o levantamento reconhece que a topologia string vem ocupando maior espaço no mercado de geração centralizada do Brasil. Cerca de 66% dos contratos mapeados pela Greener entre 2020 e 2021 irão usar essa tecnologia.

“Em 2020, 385 MW de inversores string com potência superior a 150 kW foram desembaraçados no Brasil; um volume 76% superior ao importado em 2019. Uma parte considerável deste volume foi destinada a usinas de geração centralizada”, sublinha a Greener.

Segundo o estudo, em relação ao financiamento para ACR, os bancos brasileiros de fomento, sobretudo o BNDES e o BNB, ainda são as principais linhas de financiamento dos projetos solares entre 2020 e 2021. No entanto, novas ferramentas de financiamento abarcam o radar dos empreendedores, como as debêntures.