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Atualmente, o valor do Fio B é um tema que gera dúvidas no setor de Geração Distribuída. Isso ocorre porque ele é o componente tarifário que começará a ser cobrado para novos sistemas a partir de 2023.
Assim, compreender o Fio B e seu impacto na tarifa de energia é fundamental para se posicionar e instruir seus clientes, caso você seja um integrador. Se você é cliente final, também é importante entender a participação do Fio B.
Mas antes de explicar sobre o valor do Fio B, é preciso compreender como é composta a tarifa de energia elétrica.
Confira neste artigo tudo o que você precisa saber sobre o valor do Fio B e seus custos.
Compreendendo a tarifa de energia
Em primeiro lugar, a tarifa de energia é a base para a fatura que pagamos todos os meses. É por ela que o consumo total é multiplicado, para saber o valor da sua conta.
Desse modo, o cálculo pode ser feito de acordo com a fórmula:
TARIFA DE ENERGIA (em R$/kWh) * TOTAL DE ENERGIA CONSUMIDA (em kWh/mês) = VALOR A PAGAR NA CONTA (em R$).
Leia também: Saiba como simular a geração de energia solar com nossa calculadora
A tarifa é formada por vários componentes
A tarifa é dividida, primeiramente, em 2 parcelas. Uma delas se chama Tarifa de Uso do Sistema de Distribuição (TUSD) e outra Tarifa de Energia (TE).
– Tarifa de Energia (TE): Tarifa relativa ao custo de energia, em kWh. É o valor estabelecido pela ANEEL de acordo com cada concessionária. Também há encargos, perdas a outros componentes nesta parcela.
– Tarifa de Uso do Sistema de Distribuição (TUSD): Tarifa referente aos os custos da estrutura da rede utilizada para levar a energia com qualidade e continuidade (linhas de transmissão e distribuição), mas também há a parte de encargos, perdas e outros componentes. É aqui que temos o FIO B.
Mas afinal, quais são os componentes da tarifa de energia? Confira na imagem a seguir.
Contudo, isso é apenas um resumo. Dentro de cada componente dessa há mais subcomponentes (por exemplo, sabia que saneamento e esgoto estão inclusos em nossa tarifa? Isso mesmo).
Portanto, na fatura de energia indica-se o valor da tarifa, ou quanto deve ser pago pelo consumidor à distribuidora.
Assim, ao pagar a fatura de energia (conta de luz), o consumidor está remunerando:
§ A distribuidora de energia, que atende sua região, por transportar a energia até a sua casa;
§ A usina geradora, que produziu a energia elétrica;
§ A transmissora, pelo transporte da energia nos níveis de tensão mais elevados;
§ O tesouro (pagando os subsídios e incentivos), e os entes públicos.
Agora vamos entender o que é o tão falado Fio B.
O que é Fio B?
O Fio B é parte da composição da tarifa de energia, mais especificamente componente da TUSD. Esse, refere-se então ao valor pago para os custos relacionados ao uso do sistema de distribuição.
Dessa forma, ele está relacionado a todos os custos da utilização da infraestrutura da rede de distribuição da concessionária local até às nossas residências, comércios e etc. Este é calculado anualmente pela concessionária e revisado pela ANEEL.
Qual o valor do Fio B?
Vamos a um exemplo para você entender quanto vale o Fio B em diferentes distribuidoras:
Neste exemplo, foi considerado um consumidor B1 convencional, ou seja, um consumidor residencial:
- ENEL RJ:
- Tarifa residencial (R$/kWh): 0,80
- TUSD Fio B (R$/kWh): 0,248
- Porcentagem Fio B: 31%
- CELESC:
- Tarifa residencial (R$/kWh): 0,57
- TUSD Fio B (R$/kWh): 0,118
- Porcentagem Fio B: 20,71%
Os dados usados foram consultados em 10/2022.
Assim, você pode perceber que o valor do Fio B impacta mais na ENEL RJ devido ao fato de ela possuir uma extensa área de concessão, o que leva a uma menor concentração de unidades consumidoras, comparada à CELESC. Logo, afeta diretamente no valor do Fio B.
Veja o comparativo do valor do Fio B em algumas distribuidoras.
Como encontrar o valor do Fio B?
Esse valor pode ser encontrado consultando a Base de Dados das Tarifas das Distribuidoras de Energia Elétrica.
Siga o explicativo abaixo para encontrar o valor do Fio B:
Agora que ficou claro como você pode encontrar o Fio B, o próximo passo é entender como fica o novo formato de compensação para a geração distribuída.
Por isso, fique ligado aqui no blog que vamos trazer todas as informações para te deixar por dentro do assunto!
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Esse conteúdo foi produzido pela Aldo Solar em parceria com Joiris Manoela – CEO Energês – A Linguagem da Energia.